Machado de Assis



Joaquim Maria Machado de Assis (Rio de Janeiro, 21 de junho de 1839 — Rio de Janeiro, 29 de setembro de 1908) foi um poeta, romancista, dramaturgo, contista, jornalista e teatrólogo brasileiro, considerado como o maior nome da literatura brasileira, de forma majoritária entre os estudiosos da área. Sua extensa obra constitui-se de nove romances e nove peças teatrais, 200 contos, cinco coletâneas de poemas e sonetos, e mais de 600 crônicas. Machado assumiu cargos públicos ao longo de toda sua vida, passando pelo Ministério da Indústria, Viação e Obras Públicas, Ministério do Comércio e pelo Ministério das Obras Públicas. A obra ficcional de Machado de Assis tendia para o Romantismo em sua primeira fase, mas converteu-se em Realismo na segunda, na qual sua vocação literária obteve a oportunidade de realizar a primeira narrativa fantástica e o primeiro romance realista brasileiro em Memórias Póstumas de Brás Cubas (sua magnum opus). Ainda na segunda fase, Machado produziu obras que mais tardeo colocariam como especialista na literatura em primeira pessoa (como em Dom Casmurro, onde o narrador da obra também é seu protagonista). Como jornalista, além de repórter, utilizava os periódicos para a publicação de crônicas, nas quais demonstrava sua visão social, comentando e criticando os costumes da sociedade da época, como também antevendo as mutações tecnológicas que aconteceriam no século XX, tornando-se uma das personalidades que mais popularizou o gênero no país. Mesmo sem ter acesso a cursos regulares, empenhou-se em aprender e se tornou um dos maiores intelectuais do país, ainda muito jovem. Em São Cristóvão, conheceu a senhora francesa Madamme Gallot, proprietária de uma padaria, cujo forneiro lhe deu as primeiras lições de francês, que Machado acabou por falar fluentemente, tendo traduzido o romance Os Trabalhadores do Mar, de Victor Hugo, na juventude. Também aprendeu inglês, chegando a traduzir poemas deste idioma, como O Corvo, de Edgar Allan Poe. Posteriormente, estudou alemão, sempre como autodidata.De origem humilde, Machado de Assis iniciou sua carreira trabalhando como aprendiz de tipógrafo na Imprensa Oficial, cujo diretor era o romancista Manuel Antônio de Almeida. Em 1855, aos quinze anos, estreou na literatura, com a publicação do poema "Ela" na revista Marmota Fluminense. Continuou colaborando intensamente nos jornais, como cronista, contista, poeta e crítico literário, tornando-se respeitado como intelectual antes mesmo de se firmar como grande romancista. Machado conquistou a admiração e a amizade do romancista José de Alencar, principal escritor da época. Era, no dizer do historiador literário Marques da Cruz, "ponderado e honesto. Sóbrio na vida e no estilo”.



Produção literária



Romance

Poesia

Contos

Teatro

Ressurreição, 1872)

Crisálidas 1864)

Contos Fluminenses, 1870)

Hoje avental, amanhã luva, 1860)

A mão e a luva, 1874)

Falenas, 1870)

Histórias da Meia-Noite, 1873)

Queda que as mulheres têm para os tolos, 1861)

Helena, 1876)

Americanas, 1875)

Papéis Avulsus, 1882)

Desencantos, 1861)

Iaiá Garcia, 1878)

Ocidentais, 1880)

Histórias sem Data, 1884)

O caminho da porta, 1863)

Memórias Póstumas de Brás Cubas, 1881)

Poesias completas, 1901)

Várias Histórias, 1896)

O protocolo, 1863)

Casa Velha, 1885)



Páginas Recolhidas, 1899)

Teatro, 1863)

Quincas Borba, 1891)



Relíquias da Casa Velha, 1906)

Quase ministro, 1864)

Dom Casmurro, 1899)





Os deuses de casaca, 1866)

Esaú e Jacó, 1904)





Tu, só tu, puro amor, 1880)

Memorial de Aires, 1908)





Não consultes médico, 1896)







Lição de botânica, 1906)

Alguns contos



A Carteira (conto do livro Contos Fluminenses)

Miss Dollar (conto do livro Contos Fluminenses)

O Alienista (conto do livro Papéis Avulsos)

Teoria do Medalhão (conto do livro Papéis Avulsos)

A Chinela Turca (conto do livro Papéis Avulsos)

Na Arca (conto do livro Papéis Avulsos)

D. Benedita (conto do livro Papéis Avulsos)

O Segredo do Bonzo (conto do livro Papéis Avulsos)

O Anel de Polícrates (conto do livro Papéis Avulsos)

O Empréstimo (conto do livro Papéis Avulsos)