Di Cavalcante



Possível autor da iniciativa de 1922, Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque Melo, artisticamente conhecido como Di Cavalcanti, nasceu e morreu no Rio de Janeiro. Teve seu trabalho publicado pela primeira vez em uma revista, em 1914. Realizou sua primeira mostra individual em 1917, como desenhista; era então na opinião de Mário de Andrade, "o menestrel dos tons velados", e utilizava como meio de expressão predileto o pastel, evocando figuras femininas "de angelitude então em voga". Em 1921 realizou sua primeira exposição de pinturas e em seguida presenciou a Semana de Arte Moderna, ao que parece originada de uma sugestão de Di Cavalcanti e Paulo Prado. Compareceu com 12 obras nas quais se observa certa persistência de tendências passadas, como o Impressionismo e o Simbolismo, temperadas com algumas pitadas de Expressionismo. As críticas, como de costume a qualquer forma de mudança na arte da época, foram intensas e arrasadoras. Após a Semana, Di Cavalcanti embarcou para a Europa onde se dedicou exclusivamente à pintura e onde sofreu muitas influências no trabalho. Retornando ao Brasil realizou nova mostra e uma exposição individual. Mário de Andrade não poupou elogios aos seus trabalhos e à maneira explendida como mostrou o Brasil como ele é. Suas coisas, sua gente, sua alegria. A década de 40 foi o apogeu do talento de Di Cavalcanti, que se tornou um dos mais notáveis pintores brasileiros gerados pelo modernismo.